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01/07/2011

Ministro do Desenvolvimento do Brasil defende apoio financeiro a Portugal

"No longo prazo, só tem uma forma de barrar a entrada de recursos: é reduzir a taxa de juros", disse o ministro do Desenvolvimento.

Brasília – O ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Fernando Pimentel, disse, quinta-feira (30), durante evento com empresários, em São Paulo, que os laços entre o Brasil e Portugal deveriam sobrepor-se a considerações apenas econômicas e admitiu que o governo brasileiro poderia ajudar Portugal a enfrentar a crise financeira com a compra de títulos da dívida.

Pimentel disse, no entanto, que esse é um assunto sobre o qual não há decisão por parte do governo e que estava apenas a expor a sua opinião "pessoal de um ministro de Estado", mas, disse, "acho que a relação com Portugal é imperial e o Brasil tem que se empenhar nesta crise", reforçou.

Na sua intervenção, o ministro do Desenvolvimento, que participou de um almoço a convite da Câmara Portuguesa de Comércio de São Paulo, abordou a questão do câmbio [sobrevalorização do real face ao dólar] e o elevado fluxo de entrada de investimentos no país, atraídos pelas elevadas taxas de juros.

"O sinal amarelo está aceso", disse Pimentel, referindo que a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras no exterior não foi suficiente para reduzir as despesas de brasileiros no exterior. "Vamos ter de tomar medidas adicionais", afirmou o ministro. "No longo prazo, só tem uma forma de barrar a entrada de recursos: é reduzir a taxa de juros", disse o ministro do Desenvolvimento, citado pela Agência Estado.

Sobre a crise econômica nos Estados Unidos e em países da União Europeia, Fernando Pimentel enfatizou a posição do Brasil. Segundo ele, a economia brasileira está sólida o suficiente para que essa decisão [redução na taxa de juros] possa ser tomada. "A economia brasileira é sólida o suficiente para iniciar uma trajetória de redução de juros", disse.

Pimentel abordou também a questão da competitividade face aos gigantes asiáticos. "Temos de recuperar nossa competitividade, sem contar com a ferramenta do câmbio e contando com o aproveitamento dos nossos recursos naturais e com a competição oriunda da inovação", disse. Na ocasião, o ministro sugeriu ainda que Portugal e o Brasil se unam para disputar espaço com a China no continente africano.

Fonte: Portugal Digital



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