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30/10/2015

Refugiados vão poder competir na Rio-2016

Os atletas refugiados foram autorizados a competir nos Jogos Olímpicos pela primeira vez. E poderão estar no Rio no ano que vem. O anúncio foi feito pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional nesta segunda-feira (26).

Thomas Bach deu a informação durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, que aprovou uma resolução incentivando todos os países a parar de lutar e realizar uma trégua durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 no Brasil.

"Por não ter uma equipe nacional a que pertençam e por não ter uma bandeira para marchar atrás dela, esses atletas refugiados serão recebidos nos Jogos Olímpicos com a bandeira olímpica", disse Bach.

O presidente do COI ainda apelou aos 193 membros das Nações Unidas para que eles ajudassem a entidade olímpica a identificar refugiados que sejam atletas talentosos. Ainda segundo o dirigente, até hoje, diversos atletas capacitados não puderam participar dos Jogos Olímpicos por não poderem representar seus países de origem. 

"Este será o símbolo da esperança para todos os refugiados pelo mundo, e nós iremos deixar o mundo mais alerta para a magnitude desta crise", declarou Bach.

O COI decidiu receber atletas refugiados para as Olímpiadas no Rio na Vila Olímpica, onde eles ficaram alojados junto a outros 11 mil atletas dos 206 países participantes. 

Atualmente, existem cerca de 20 milhões de refugiados no mundo, um número que cresce a cada dia. O encarregado das Nações Unidas para questões relacionadas a refugiados, Antonio Guterres, declarou neste mês que mais de 500 mil imigrantes entraram na Europa este ano, e outros milhares irão seguir seus passos.  De acordo com Bach, o COI criou um fundo estimado em US$ 2 milhões para "trazer esperança aos refugiados por meio do esporte".

"Ao mesmo tempo, nós estamos ajudando atletas de alto rendimento que sejam refugiados a continuar suas carreiras esportivas. Nós os ajudamos a realizar seu sonho de ter um esporte de excelência após eles terem que fugir da violência e da fome", declarou o executivo.

Após pedir ajuda para identificar mais refugiados que possam se encaixar neste perfil de atletas, Bach salientou que, nos esportes olímpicos, "todas as pessoas são iguais, independente de raça, gênero, status social, contexto cultural, fé ou crença". O executivo ainda ressaltou que os Jogos Olímpicos são o resultado desta visão e princípio de não discriminação.

O presidente do COI ainda fez uma alusão ao escândalo de corrupção que atinge a Fifa ao declarar, perante a Assembleia Geral, que o Comitê "garantiu que eles estivessem de acordo com os mais altos padrões de boa governança e transparência" ao propor a nova regra.

"Com este respeito, estamos pedindo que outras organizações máxima do esporte façam o que é necessário e realizem mudanças visando restaurar suas reputações", alfinetou Bach.

A resolução da "Trégua Olímpica" foi introduzida por Carlos Nuzman, presidente do Comitê de organização da Rio-2016. A resolução foi aprovada após 180 países entrarem em um consenso.

Todos os países membros das Nações Unidas deverão respeitar a trégua, que iniciará sete dias antes dos Jogos Olímpicos iniciarem. O término da ação será sete dias após o encerramento dos Jogos Paraolímpicos.

A resolução relembra uma antiga tradição grega, onde o lendário oráculo de Delphi requisitava a interrupção das hostilidades para encorajar um ambiente seguro e garantir que atletas pudessem chegar aos locais onde seriam disputadas as antigas Olimpíadas.

Fonte: UOL



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