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16/03/2021

Como a inovação poderá impactar a agenda ESG [Brain]

Basta uma rápida leitura dos principais veículos de economia e negócios do país para perceber um fato incontestável: vem ganhando força cada vez mais significativa a onda ESG (Environmental, Social and Governance) – termo em inglês que engloba boas práticas ambientais, sociais e de governança. Mas, afinal, como a inovação pode impactar positivamente essa agenda das corporações? Pouco tem sido falado sobre isso, porém esse tema não pode ficar de fora na pauta de startups, hubs de inovação, fundos de investimentos, investidores anjos, corporações e outros atores do ecossistema.

Em décadas passadas, nós, como consumidores, éramos inundados por produtos e serviços sem propósito ou preocupação com a sustentabilidade, com campanhas publicitárias focadas no consumismo exacerbado e inconsciente. Até então, era aceitável que o único objetivo fosse o retorno financeiro para as empresas e os acionistas, com as ações voltadas para a sociedade e o meio ambiente em segundo plano. Mas o jogo mudou. O mundo foi impactado por diversas variáveis econômicas, culturais e sociais que mostraram que uma nova possibilidade de consumo, mais inteligente, precisava vir à tona. A escassez de recursos naturais, as mudanças climáticas e o crescimento populacional são alguns exemplos de fatores que estão nos obrigando a mudar de direção.

Ao mesmo tempo, tivemos a chegada da Geração Z, os primeiros nativos digitais, que não conheceram o mundo antes da tecnologia e da internet. Esses jovens foram responsáveis por grandes impactos no mercado, uma vez que trouxeram um mindset digital e colaborativo, passaram a reivindicar novos compromissos das marcas, demonstrar preocupação com a origem dos recursos e exigir um olhar para o futuro. De acordo com um estudo realizado em 2017 pela McKinsey e pela Box1824, esses jovens têm em comum a busca pela verdade e transparência, por isso ganharam o nome de “geração da verdade”.

Foi diante de todo esse cenário e desse novo perfil de consumidor que se fortaleceu globalmente a pauta ESG. Agora, as temáticas ambientais, sociais e de governança também devem vir para o centro das estratégias de inovação. É preciso fomentar e provocar os empreendedores no desenvolvimento de iniciativas que atacam diretamente as dores das corporações para acelerarmos a agenda ESG no país. O uso massivo de tecnologia e inovação por parte das empresas pode dar um grande salto de qualidade e ajudar a atingir as metas estabelecidas, incluindo as do Acordo de Paris, estabelecido em 2015 na COP21 – a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

Uma outra maneira de criar uma conexão entre a agenda ESG e inovação são ações de inovação aberta (open innovation) na busca por soluções que auxiliem empresas a minimizarem impactos socioambientais. Um levantamento feito pela Gestão 4.0, empresa de educação com foco em negócios, e publicado pela revista Exame, revela que, entre as startups brasileiras de impacto, 83,7% estão voltadas ao desenvolvimento econômico do país. Desse modo, vemos que nosso ecossistema tem a chance de ser protagonista em fornecer soluções alinhadas com as 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis) para grandes corporações.

 

Aliar inovação aos temas ESG pode ser um desafio e tanto para as organizações, principalmente aquelas que mantêm estruturas hierárquicas e formatos de negócios tradicionais. A inovação atua de forma transversal e desenvolver boas práticas em ESG nas corporações é uma tarefa que exige participação e inclusão de toda hierarquia e de pessoas além do ecossistema, envolvendo toda a sociedade.

Temos que considerar os desafios como oportunidade e sermos otimistas com as tendências que o mercado nos apresenta. Para se adaptar às mudanças e ao que se espera de nós, é preciso estar à frente de modelos tradicionais e aliados à tecnologia. Só assim garantiremos o desenvolvimento de negócios, produtos e serviços realmente alinhados com as necessidades do mundo atual, com foco em obter resultados positivos para toda a sociedade.

Por Marco Aurélio Chaves (Tribe Leader do Brain) e Mariana Athayde (Analista de Marketing no Brain)

 

Fonte: Assessoria



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