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NEGÓCIOS E ECONOMIA

26/04/2021

Exportações portuguesas de conservas de peixe sobem 14% em 2020 [Portugal]

As exportações portuguesas de conservas de peixe aumentaram 14% em valor no ano passado, para 193,3 milhões de euros, e 20% em volume, para 38,7 mil toneladas, impulsionadas pela campanha promocional dinamizada pela associação setorial.

Segundo dados avançados num balanço da campanha de divulgação e promoção das conservas portuguesas ‘Vamos Conservar o que é Nosso’ – que incluiu ações na imprensa escrita, televisão, redes sociais e ‘outdoors’ – a procura de conservas de peixe subiu 16% em 2020, tendo a produção nacional aumentado em 40 milhões de euros, para 365 milhões, e em 11 mil toneladas, para um total de 72 mil.

Em volume, as exportações subiram 20%, para 38.763 toneladas, no ano passado face a 2019.

Apoiada pelo Ministério do Mar, a campanha promocional ‘Vamos Conservar o que é Nosso’ envolveu toda a indústria conserveira portuguesa e propôs-se dinamizar e valorizar as conservas produzidas em Portugal, diversificar a oferta (com outras espécies de pescado) e promover o consumo de conservas nacionais.

Embora se tenha focado sobretudo no mercado nacional – que, segundo os promotores, era o seu “objetivo primário” – teve também “impacto em mercados internacionais”.

“Como reflexo desta campanha, as conservas de peixe portuguesas encontram-se agora mais bem posicionadas quanto aos valores de referência que representam, sustentando uma imagem de elevada qualidade, sustentabilidade, produto natural, durabilidade, facilidade de confecção e adaptabilidade a vários pratos – que se coadunam com as principais tendências da procura internacional e que se consubstanciaram num efetivo aumento do volume de negócios da indústria e nas suas vendas para o exterior”, referem.

Além de uma componente publicitária a nível nacional, destinada a contribuir para “a mudança de paradigma no consumo de conservas”, a campanha promoveu o lançamento do selo ‘Conservas de Portugal’, uma “marca ativa e identitária da produção nacional” destinada a certificar “que a conserva é produzida em Portugal, com valor acrescentado nacional”, e a promover o consumo informado.

Presente na sessão de balanço da campanha, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, apontou a vocação exportadora da indústria conserveira nacional, salientando que é “o único segmento que tem vindo a apresentar ‘superavit’ na balança comercial dos produtos da pesca”.

E se, nos últimos anos, as exportações de sardinha – “tradicionalmente o motor do setor conserveiro” – foram ultrapassadas em quantidade e em valor pelas conservas de atum e, mais recentemente, de cavala, o ministro disse esperar que, com a atual recuperação registada nos mananciais de sardinha, “as conservas da sardinha portuguesa voltem a números equivalentes ao passado”.

Ricardo Serrão Santos recordou que a economia do mar “cresceu de forma significativa ao longo da última década” em Portugal, “a um ritmo acima da média da economia nacional quer em termos de valor acrescentado (com aumentos de 18,5% face ao aumento do valor acrescentado bruto nacional de 9,6%), quer em termos de emprego (que aumentou 8,3%, face a um aumento na economia nacional de 3,4% até 2019)”.

Segundo salientou, as exportações de produtos da economia do mar, que representaram aproximadamente 5% do total de exportações, cresceram 21,8 % (mais 2,9% do que as exportações nacionais) até 2019, sendo que “as estatísticas provisórias conhecidas apontam as exportações da fileira agroalimentar como as únicas que registaram aumentos em 2020”.

Citando dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o ministro apontou o pescado como “o principal produto agroalimentar em valor exportado e em peso nas exportações, à frente do vinho, das frutas e do azeite”.

Na sua intervenção, o governante destacou ainda que o programa operacional Mar 2020 aprovou 25 projetos de empresas da indústria conserveira, num investimento que ascende a 38 milhões de euros e que se traduziu na criação de novos postos de trabalho.

Fazendo um balanço positivo da campanha de promoção, o presidente da ANICP salientou o fato de as especialidades terem conquistado terreno às conservas tradicionais, numa demonstração de que “este é um atributo valorizado pelos consumidores”, realçando que as conservas estão “a deixar de ser vistas como um produto básico, mas antes como uma refeição completa que pode, inclusivamente, ser sofisticada”.

De acordo com José Maria Freitas, “é necessário diferenciar e valorizar as conservas portuguesas face à concorrência e reposicionar as conservas portuguesas através de uma estratégia de valorização sustentada pela qualidade, origem, tradição e praticidade na confecção, mas também enquanto produto saudável”.

Fonte: Mundo Lusíada

 



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